
O mundo do entretenimento brasileiro parou nesta quinta-feira, mas não por um novo hit ou uma estreia bombástica. O burburinho veio de um lado inesperado: o Palácio do Planalto. Em declarações que ecoaram por todos os cantos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não mediu palavras ao se referir à recente treta envolvendo o cantor Zezé Di Camargo e as filhas do magnata Silvio Santos. O veredito presidencial foi direto e contundente: **misoginia**.
A cena parece saída de um roteiro dramático. De um lado, um rei da música sertaneja, acostumado aos holofotes. Do outro, herdeiras de um impório midiático. O que começou como uma discussão sobre cancelamento de um especial de Natal no SBT rapidamente descambou para terrenos perigosos.
E foi justamente a natureza dos ataques de Zezé que fez a questão ultrapassar os limites dos blogs de fofoca e chegar aos corredores do poder.

"Foi uma cretinice", disparou Lula, ao prestar solidariedade às jovens. A palavra, forte e coloquial, carrega um peso simbólico enorme vindo da principal autoridade do país. Mais do que uma simples ofensa, o presidente enxergou no episódio a **face cruel de um machismo que insiste em se passar por mera "opinião"**. Na visão dele, não se tratava de Zezé defender seu ponto de vista, mas sim de um ataque calculado para desqualificar, humilhar e tentar silenciar mulheres – simplesmente por serem mulheres.
Analistas que acompanham o comportamento na mídia entendem a fala de Lula como um reflexo de um debate urgente. Nos últimos anos, a sociedade tem colocado a **violência simbólica** no centro do palco. São aquelas agressões que não deixam hematomas visíveis, mas que ferem, adoecem e perpetuam um ciclo de desrespeito. Ao chamar a atitude de Zezé de "covardia travestida de fala pública", Lula joga luz sobre um mecanismo antigo: usar um espaço de grande visibilidade para atingir e controlar, escondendo-se atrás do direito de se expressar.

O episódio serve como um **termômetro social**. A reação, que partiu do presidente e ganhou força nas redes sociais, mostra que o pacto de tolerância com esse tipo de discurso está esgotando.
O público parece menos disposto a aceitar que ataques pessoais e misóginos sejam abafados pelo barulho dos aplausos ou pelo sucesso na carreira. A pergunta que fica no ar é incômoda: quantas situações semelhantes, antes tratadas como "mero palavrão" ou "briga de ego", eram, na verdade, reproduções desse ódio estrutural?
Enquanto o SBT e as filhas de Silvio Santos avaliam as medidas judiciais, a intervenção de Lula na trama acrescenta um capítulo político a essa novela. Fica claro que, em 2024, certas fronteiras foram redesenhadas. O recado, tanto do Planalto quanto de uma parte significativa do público, é que **machismo não é detalhe, não é "polêmica de TV", e muito menos liberdade de expressão**. É, sim, uma violência que precisa ser nomeada, confrontada e interrompida.
O caso Zezé pode até sair das manchetes, mas o debate que ele reacendeu veio para ficar.
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Internauta1.Verdade. Ele nunca falaria para o Silvio Santos. Falou, porque estava se dirigindo a uma mulher. Quanto desatino! Más... já está no lugar que se fez merecer!
Internauta2.É só copiar a Itália, lá agora pra esse tipo de crime é prisão perpétua, e ponto final.
Internauta3.Não quero a sua luta. Não sabe nem interpretar o que o Zezé falou . Parabéns Zezé sou sua fã
Internauta4.Presidente Lula sempre é uma estrela... brilhando mundo a fora
Internauta5.
Ele foi um covarde com a atitude dele não esperava isso do Zezé
Internauta6.Presidente Lula homem de postura, se elege com votos, e não com violências e nem ameaças, é isso aí Presidente o senhor é um homem sábio.
Internauta7.Você que está defendendo a postura do Zezé primeiro é necessário que se veja o lado empresarial dele e do SBT quando se presa contratos acordos não se faz necessário esse tipo de exposição até porque calça de homem não serve em menino se expos falou besteira das empresárias sem dúvidas é um grande artista porém está misturando o trabalho dele e da Patrícia e suas irmãs com política atitudes no mínimo anti profissional